A educação é construída através de redes que se apoiam mutuamente. Ela não é só parte da escola e do que os professores fazem dentro de sala de aula, ela envolvem o contato com as famílias, quando os professores e demais profissionais da escola ajudam a que eles entendam sobre o desenvolvimento de seus filhos, suas necessidades e em quais frentes devem atuar juntos. A família também é essencial ao apresentar sua diversidade, seu modo de agir, seus anseios e desejos.
Mas essa rede não para por aí. Dependendo da necessidade da criança, outras pessoas estarão inseridas nessa rede, como os profissionais responsáveis por realizar terapias (e aqui não me refiro apenas a crianças com deficiência, sendo que todo e qualquer ser humano pode - e deve - buscar ajuda e autoconhecimento através de terapia). Mas sobre essa relação com os terapeutas eu vou falar mais na semana que vem.
Hoje gostaria de destacar um profissional essencial na inclusão e que muitas vezes é pouco conhecido: o profissional de apoio escolar. Esse profissional é responsável por promover o acesso, participação, permanência e aprendizagem do aluno que ele acompanha. Tudo depende do nível de apoio que o aluno necessita, mas, basicamente o profissional de apoio ajuda a realizar refeições, ir ao banheiro, trocar de sala, organizar o material, e é uma ponte entre o aluno e o professor regente da turma. Como isso funciona?
O professor regente é o responsável pelo conteúdo que será trabalhado nas aulas, a equipe pedagógica da escola, previamente deve ter adaptado esse conteúdo para as necessidades do aluno com deficiência, e o profissional de apoio é o que ajuda esse aluno a desenvolver a atividade adaptada e dá o feedback tanto para o professor regente, quanto para a equipe pedagógica sobre o andamento das atividades específicas. Assim o processo de adaptação está sempre atualizado com as necessidades reais do aluno. Esse trabalho não é fácil. Como todo trabalho em equipe, requer organização, planejamento, e, obviamente, que cada um faça sua parte.
A Lei 13146/15, em seu artigo terceiro (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência, 2015). dispõe sobre as atribuições do profissional de apoio escolar, indicando que ele é a "pessoa que exerce atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência e atua em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em instituições públicas e privadas, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas".
Na mesma Lei, no artigo 27, temos que é incumbência do poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar a oferta de profissionais de apoio escolar. Ou seja, esse é um direito de todos aqueles que necessitam desse profissional e não deve ser custeado pela família, mas ofertado pela escola.
Outro ponto importante, é a formação desse profissional. Atualmente não é exigida uma formação específica, mas quanto mais conhecimento a pessoa que for desempenhar esse papel tiver, melhor será o processo de inclusão do aluno. Atualmente existem diversos cursos online que capacitam para a atuação como profissional de apoio escolar, e se você se interessou em ser um profissional de apoio escolar, acesse o curso de Capacitação para profissionais de apoio escolar em autismo da EduCare. O curso tem certificação de 20 horas e na sua composição contém vídeo-aulas, leituras de apoio, PDF dos slides, texto síntese dos conteúdos. Tudo 100% online.
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